Já que essa coluna é de pura nostalgia, hoje resolvi falar de três filmes que marcaram minha infância, não que os outros não tivessem marcado, mas esses três estavam na minha lista de filmes preferidos quando eu tinha uns 10 anos de idade.
A história sem fim
Será que alguém nunca assistiu a esse filme? Ou nunca ouviu falar nele? Difícil de imaginar. A História sem fim é um clássico dos anos 80. O primeiro da trilogia, que foi baseado no livro de Michael Ende, foi lançado em 1984. O segundo e o terceiro em 1990 e 1994 respectivamente. Pra quem não se lembra, o filme conta a história de Bastian (Barret Oliver), um garoto que encontra um livro pra lá de misterioso: A História sem fim. A princípio o garoto apenas narra a história, mas depois Bastian se torna mais um personagem do livro, sendo ele o guardião do reino de Fantasia. Michael Ende ficou irritadíssimo com a Warner Bros (tinha que ser) que adaptou apenas a primeira parte de seu livro, transformando sua obra nos cinemas como algo incompleto. No entanto, o processo não deu em nada. As continuações do filme aproveitaram o tema de aventura e ficção do primeiro, contando cada um uma nova história diferente, baseando-se, então, na segunda parte do livro, não muito aproveitada no primeiro. Repletos de efeitos especiais da época, o filme muito provavelmente fez parte da infância de muitas crianças brasileiras que o assistiam no SBT.
Os fantasmas contra – atacam
Ainda no gênero fantasia, Os fantasmas contra – atacam atualmente é tão pouco reprisado, que só me lembrei que o amava quando o encontrei no site do Filmow. O filme é baseado no conto de natal de Charles Dickens. O protagonista Frank Cross (Bill Murray) é um diretor egoísta de uma rede de televisão que é visitado pelo espírito de um amigo falecido que o avisa sobre três visitas: o natal do passado, do presente e do futuro. Tudo isso para tentar fazer de Frank uma pessoa melhor. É claro que hoje em dia, assim como A história sem fim, os efeitos especiais estão bem ultrapassados, mas acreditem que quando criança ficava encantada de ver a “magia” do filme. O conto de Charles Dickens teve atualmente outras adaptações: Minhas adoráveis ex-namoradas e Os fantasmas de Scrooge, mas nenhum conseguiu ser tão bom quanto Os fantasmas contra-atacam. Acho que porque os atuais tendem a ser dramáticos e carismáticos de forma muito exagerada, algo que não ocorre no filme de Bill Murray. O drama está presente, seria impossível tirá-lo, mas não de maneira apelativa, assim como o humor, que aparece pelo medo e o sarcasmo do protagonista; tudo na dose certa.
Ela é o Diabo
Foi o primeiro filme que assisti com a Meryl Streep. E eu a odiava! Que vilã mais nojenta era a Mary Fisher. Eu até entendia o pobre Bob (Ed Begley Jr.) querendo trocar a sua esposa Ruth (Roseanne Bar) por Mary, pois a pobre era feia que nem o diabo! Mas coitada, não merecia ser tão humilhada. Adoro a sua vingança e sempre prestei atenção em como fazia, pois se um dia fosse traída poderia usar as mesmas armadilhas! Só acho que a Ruth poderia ter passado por uma série de plásticas para poder ficar mais bonitinha; afinal é tão difícil torcer pra gente tão feia! Ela é o diabo também foi o primeiro filme que assisti em que a mocinha não era mocinha, era meio vilã. Talvez por isso tenha ficado marcado na minha memória. Ruth encarna literalmente a maldade, destruindo a vida pessoal e a carreira do ex-marido, infernizando a vida de Bob e de Mary.