Sempre gostei da Angélica, mas seus programas sempre passavam no período da tarde e como eu estudava nesse horário, quase nunca podia assisti-la. Porém, em 1996, Angélica finalmente foi para Rede Globo e começou a apresentar o “Angel Mix”, um programa infantil criado e dirigido pelo Boninho, campeão em me fazer viciar nos seus programas! Aliás, Boninho bem que podia voltar a dirigir programas infantis.
O programa ficou no ar até junho de 2000 e tinha o mesmo estilo do “Xou da Xuxa”, com brincadeiras, torcidas, números musicais, desenhos e duas novidades: “A Turma da Garrafinha” e a “Flora Encantada”. As duas séries entraram no ar em 1999, sendo que “A turma da Garrafinha” mostrava uma menina baixinha, com óculos estilo fundo de garrafa, que vivia dizendo: “Deu um nó na minha cabeça”. Todos os personagens da série eram bonecos de manipulação. Já a “Flora encantada” era uma novelinha sobre a preservação da natureza e tinha a própria Angélica como protagonista. Além dessa suas séries, dentro do “Angel mix” também havia o “Caça talentos” (tema de um próximo post).
Se Xuxa tinha suas paquitas, Angélica tinha suas “angels” – Micheli Machado, Juliana Silveira, Geovanna Tominaga e Mirella Tronkos – e também tinha dois “angélicos” – Caio César Bonafé e Daniel Florenzano. Para não ficar atrás de Xuxa e sua aeronave, a loirinha entrava em cena numa nuvem, no centro de uma letra “A” em azul, com duas asas e uma auréola. Além disso, Angélica também cantava e emplacou alguns sucessos como "Chocolate".
“Angel Mix”, além de séries apresentava alguns quadros fixos como “Internautas”, em que simulava a conversa de Angélica com alguma criança pela internet e “Pé na Estrada”, com reportagens feitas em todo o Brasil, tendo a criança como tema. Em abril de 1997 o programa passou a apresentar um quadro de calouros com adolescentes e crianças. Em 1998, o núcleo do diretor Jorge Fernando assumiu o programa e renovou os quadros e a cenografia e “Angel Mix” passou a ter uma linha mais educativa, contando com ajuda de especialistas em pedagogia.
O programa nos quatro anos de existência passou por diversas mudanças, mas sempre mostrava algo educativo, moderno e achava bem mais interessante que a “TV Globinho”, programa que o substituiu.
Michele Lima
O programa nos quatro anos de existência passou por diversas mudanças, mas sempre mostrava algo educativo, moderno e achava bem mais interessante que a “TV Globinho”, programa que o substituiu.
Michele Lima