A lista completa dos indicados, você pode conferir no site G1.
Assisti a todos os indicados a "Melhor Filme" e - mesmo "Harry Potter" (finalmente) praticamente fora e vários filmes de época - acho que "A invenção de Hugo Cabret" vai levar muitas estatuetas pra casa. A seguir vou comentar um pouco de cada:
"O homem que mudou o jogo"
Acho que não leva o prêmio de "Melhor Filme" e talvez Brad também não como "Melhor Ator" (Jean Dujardin - O artista é forte candidato). Mas Jonah Hill mandou bem e quem sabe não leva de "Ator coadjuvante"?. Esse filme também concorre na categoria "Roteiro Adaptado", mas pelo jeito "A invenção de Hugo Cabret" ainda lidera.
"Cavalo de guerra"
Acho que não leva o prêmio de “Melhor Filme”. Mas concorre também nas categorias “Trilha Sonora Original” (“O artista” é forte candidato), “Direção de arte” (talvez “A invenção de Hugo Cabret” vença), “Edição de som” e “Mixagem de som”.
"A árvore da vida"
Segue de forma não linear, místico, fazendo nos enxergarmos em muitos momentos sobre razão de ser, Deus, natureza, relacionamento humano (amor, pais,filhos, hipocrisia). A fotografia é muito bela. Filme tocante, denso. Pena que poucos o compreenderam.
Além de “Melhor Filme”, também concorre nas categorias “Fotografia” e “Direção”. Páreo duro com “A invenção de Hugo Cabret”.
"Meia-noite em Paris"
“Melhor filme” acho que não leva, mas tem chance ainda em outras categorias: “Melhor roteiro original” (aposto bastante nesse), “Direção de arte”, “Diretor” (Woody Allen).
"O artista"
“O artista” é uma história de amor, que mostra a decadência da carreira de um artista (assuntos que se arrastam até os dias de hoje). Atuação do elenco é boa, divertidos e cativantes. Muito parecido sim com "Cantando na Chuva", mas vale a pena ser assistido.
Talvez não leve pra casa o prêmio de “Melhor filme”, mas Jean Dujardin “Melhor Ator” pode ser. Bérénice Bejo como "Atriz coadjuvante" pode perder para a maravilhosa Octavia Spencer de "Histórias Cruzadas". Concorre também a “Melhor roteiro original”, “Trilha sonora original” (fico entre ele e “A invenção de Hugo Cabret”) e foi fundamental para explicar cada sensação dos personagens. Ah, também “Direção de arte”, “Fotografia”, “Diretor”, “Edição” e “Figurino” (pode até ser, mas de “A invenção de Hugo Cabret também foi bem legal).
Muitas vezes é possível nos sentirmos naquelas situações: atrito entre pais e filhos, adultério, dúvidas sobre o que fazer da vida, como lidar com certas coisas. E como diz a chamada "toda família guarda um segredo". Por isso consegue nos transportar para a história boa parte do tempo.
Como “Melhor Filme” não leva, mas também concorre “Melhor Ator” (George Clooney), “Diretor” (Alexander Payne), “Edição”, “Roteiro Adaptado” (continuo achando que “A invenção de Hugo Cabret vai levar muita estatueta pra casa, inclusive nessa categoria).
"A invenção de Hugo Cabret" é clássico, sonhador (como a sétima arte é: fábrica de sonhos), lindo, cheio de cuidados técnicos (que deverá faturar Oscar por causa deles principalmente). Só não curti muito a atuação de Sacha Baron (que já fez "Borat...').
Pois é, nada de sonhar com Harry Potter! Nesse ano o negócio é sonhar com Hugo Cabret. Ele é hors concour! Concorre a onze categorias e com certeza vai faturar boa parte delas. “Melhor filme”, “Trilha sonora original”, “Direção de arte” (vai minha aposta), “Fotografia” (muito bonito, talvez hein... Spielberg mandou melhor nesse do que “Cavalo de Guerra”, inclusive nos efeitos), “Figurino”, “Diretor” (acho que Martin Scorsese leva), “Edição”, “Edição de som”, “Mixagem de som”, “Efeitos visuais” (esse complicou, pois tem na concorrência "Harry Potter", "Gigantes de aço", "Planetas dos macacos" e "Transformers"). Também foi indicado ao “Roteiro adaptado”.
DICA: existe um livrinho ótimo que fala sobre o começo da história do cinema, se chama "O cinema manipula a realidade?" (Sidney Ferreira Leite) e fala bastante coisa que esse filme mostra, vale a pena.
Deram super close quando a escritora usa 'branquinho' (corretivo liquido) para deletar um título escrito na máquina de escrever. E isso tem um motivo! É que o corretivo líquido para papel foi criado por uma mulher, chamada Bette Nesmith Graham, em 1951, no Texas. Ela era secretária e vivia tendo problemas para apagar algo nos papéis, então Bette fez a mistura em sua cozinha e depois comercializou em sua casa durante 17 anos, até ficar milionária vendendo para Gillette (chamando já Liquid Paper) por US$ 47,5 milhões com royalties.
Como melhor filme não deve ganhar, mas aposto muito em Octavia Spencer como “Melhor atriz coadjuvante”. Viola Davis mandou muito bem e a Jessica Chastain razoável, mas acho que esse ano é de Meryl Streep (“A dama de ferro”) como “Melhor Atriz”.
"Tão forte e tão perto"
A tragédia não ganha ênfase e tudo segue bem metódico (o famoso 'certinho'). Com certeza não leva o prêmio de “Melhor filme”. Max Von Sydow concorre como "Ator coadjuvante" e talvez nem leve a estatueta pra casa também. E parou por aí, só foi indicado a essas duas categorias.
“Melhor filme”, não mesmo! Max Von Sydow concorre como "Ator coadjuvante", mas tem competente Jonah Hill (“O homem que mudou o jogo”) batalhando por isso também.
“A dama de ferro”
Meryl está MARAVILHOSA nesse filme. Realmente parece a Margaret Thatcher na tela o tempo todo (caminhar, jeito de falar, de olhar, etc). Ótima maquiagem para as várias idades. Cenários das épocas muito bons também.
Não dão ênfase ao período mais crítico do comando de Margaret, 79 a 90, mas conseguem mostrar uma mulher teimosa, determinada e - mesmo que alguns não acreditassem - humana.
Outra coisa, que mesmo em pleno 2012 ainda existe infelizmente, é a maneira como as mulheres são tratadas por muitos homens (menosprezo, indiferença) - ainda mais quando elas se destacam. Também mostra o autoritarismo, marketing político (mudaram a maneira dela falar, de se vestir - isso acontece até hoje com todos políticos até hoje) , manipulação, traição dos políticos, etc. Em certo momento dizem pra ela "não acredite na lealdade de seus colegas". Na verdade a história em si não dá impacto e sim Meryl que causa.
Pra quem gosta de tudo mastigadinho é bom nem se aproximar desta película, pois não é linear - ou seja - idas e vindas de várias histórias que a personagem vai lembrando e entre elas retorno ao período 'atual', inclusive suas alucinações e esquecimentos (uma doença, tipo Alzenheimer).
BRASIL NO OSCAR
VAMOS COMENTAR A CERIMÔNIA DO OSCAR JUNTOS!
Nesse ano estou muito feliz, pois consegui assistir a maioria dos filmes indicados e assim posso comentar melhor tudo e concordar ou discordar (risos). No domingo, 26, estarei on line no meu twitter @GiseleSantos_ comentando. Também pode seguir @CineLivros. Aguardo você ;)