Um coisa bastante interessante nesse filme foi ver a evidente fraqueza de Stark, que ao contrário de muitos heróis (mas não todos) é um homem sem super poderes. O que seria de Tony Stark sem sua armadura de ferro? E é nisso que o protagonista pensa o tempo todo e seus ataques de ansiedade só demonstram o quanto Stark tem medo de fracassar e não conseguir proteger as pessoas que ama. Entretanto, Stark pode muito bem viver sem sua armadura, porque afinal seu poder está na sua brilhante mente, apesar de que não dá para saber o que será da franquia depois que acaba o “Homem de Ferro 3”, num modo bem parecido ao “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”.
Stark não consegue dormir e quando dorme se sente vulnerável, pra ocupar a mente faz inúmeras armaduras de ferro, mas nada impede do terrorista Mandarim derrubar sua casa, mandando-a para o fundo do mar. No entanto, o grande inimigo de Stark aparece 13 anos antes, mostrando a ele que muitas vezes o passado não pode ser enterrado.
Outro aspecto positivo do filme, além de humanizar o Homem de Ferro, foi a participação um pouco maior de Pepper, mostrando que ela também pode ser uma heroína, ainda que em menor escala. Fiquei feliz em vê-la mais em evidência, fiquei com medo dela desaparecer de cena, já que nos quadrinhos ela não é exatamente a namorada do Stark. O bom das adaptações é que apesar de poder estragar o original, também pode melhorá-los em muitos aspectos.
Quem assistiu aos dois primeiros filmes da franquia não vai se decepcionar com o “Homem de Ferro 3”, que continua engraçado, engenhoso e com muita ação, mas ficará com dúvidas sobre uma possível continuação.
Michele Lima